Cunhatã do Caramuru

O projeto Cunhatã do Caramuru foi desenvolvido pela professora Luzineth Muniz Pataxó e Olinda Yawar Muniz Wanderley, e contemplado pelo edital  Building Movements, Mulheres em Movimento 2019, que é o resultado de uma grande aliança em defesa dos direitos das mulheres do Fundo de Investimento Social Elas formada com British Council, ONU Mulheres, Global Fund for Women, Fundação Ford e outros parceiros.

Atividade envolvendo a Escola Indígena para confecção de parte das esteiras que serão usadas nos eventos do Projeto Cunhatã do Caramuru. Foi coletada taboa e usada em aula de cultura indígena. Atividade em mutirão dos alunos Pataxó Hãhãhãe.

O projeto Cunhatã é uma ação do Projeto Kaapora com as Mulheres do Caramuru para levar mais conhecimento sobre sexualidade e DSTs/SIDA para as mulheres indígenas, ao mesmo tempo em que promove varias outras atividades para o fortalecimento cultural indígena, especialmente das mulheres. E esse trabalho de fortalecimento já começa desde a preparação do evento. Fizemos dois mutirões com as mulheres que puseram a mão na massa pelo trabalho dos eventos. Os mutirões são importantes eventos sociais nas comunidades, neles se fortalecem os laços e amizade e troca de conhecimento, as crianças compartilham a experiência de trabalho com os adultos e tem a oportunidade de aprender a trabalhar brincando, pois é permitida a sua atividade para acompanhar os adultos, quando as crianças assim o desejam. Nos mutirões também se discute muita coisa, e é uma das importantes formas de transmissão do conhecimento entre os indígenas. O Projeto Cunhatã do Caramuru tem valorizado esta prática.

Mutirões de mulheres indígenas para a produção dos eventos do Projeto Cunhatã do Caramuru, e fotos da construção do sanitário que servirá aos participantes beneficiários do Projeto Cunhatã do Caramuru.

O projeto está sendo produzido por Yawar, coordenadora do Projeto Kaapora, que é produtora de Audiovisual e eventos Culturais, e conta com outros parceiros, a Escola Estadual da Aldeia Indígena do Caramuru, a Teia dos Povos, e o Projeto Cunhataí Ikhã, da Anaí (Associação Nacional de ação Indigenista) em parceria com o Fundo Malala, criado por Malala Yousafzai, ganhadora do Nobel da Paz.

O Projeto Cunhatã do Caramuru está aplicando os recursos de modo solidário, buscando adquirir os produtos e contratar os serviços preferencialmente na Aldeia Indígena, preferencialmente nas mãos das mulheres, recorrendo à outras pessoas ou comerciantes quando não é possível na própria comunidade.

O Cunhatã do Caramuru está sendo feito em etapas de eventos, cuja primeira é o diagnóstico sobre sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis entre as mulheres indígenas do Caramuru, e que visa ajudar a subsidiar duas palestras sobre sexualidade e DSTs/SIDA para as mulheres beneficiárias do Projeto. Para esta etapa já foi feita uma roda de conversa com as mulheres indígenas, especialmente as mais jovens, na área do Projeto Kaapora, e prosseguiremos com algumas entrevistas durante a semana que se inicia no dia 13 de outubro.

Primeiro evento do Projeto Cunhatã do Caramuru, conversas e aplicação inicial de questionário para construir o diagnostico sobre sexualidade e DSTs/SIDA.

Na etapa seguinte, será feita uma palesta sobe sexualidade e DSTs/SIDA, conduzida pelo médico Edvaldo Pataxó e alguns convidados. A palestra ocorrerá no próximo dia 25 de outubro nas dependências da Escola Estadual Indígena da Aldeia Caramuru, e está aberta para toda a comunidade Pataxó Hãhãhãe e convidados.

Nos dias 08 à 10 de novembro de 2019, ocorreu a terceira etapa do Projeto Cunhatã do Caramuru, abrindo com uma roda de conversa sobre sexualidade nas comunidades indígenas, e o problema das DSTs/SIDA, enfatizando os modos de prevenção, e que terá como um dos facilitadores o antropólogo Samuel Wanderley.

Ocorreu abertura com seminário sobre sustentabilidade, conduzido por Solange Brito do Assentamento Terra Vista e convidados. Oficina sobre criação de abelhas indígenas, conduzida pelo criador Samuel Wanderley, oficina de cerâmica conduzida por Paulo Titiar, oficina de artesanato para mulheres , conduzida por Arileia Pataxó, oficina de pintura em camisa, conduzida por Kalantã Bezerra, oficina de Massoterapia conduzida por Edmar Batista, oficina com as meninas do Projeto Cunhataí Ikhã conduzida por Natali Pavelic da ANAI, roda de conversa com as anciãs, e oficina do Sagrado Feminino com Nádia Akauã Tupinambá. Tivemos também uma Noite Cultural com apresentação do Teatro Negro Mario Gusmão, Edmar Batista com voz e violão e Calantã Bezerra cantando solo.

Este etapa ocorreu na APA Kaapora, administrada e mantida pelo Projeto Kaapora, em Espaço Cultural com infraestrutura necessária para abrigar visitantes em um Camping com sanitários, coberturas, fornecimento de eletricidade para o evento, água, alimentação com café da manhã, almoço, jantar e lanches.

O evento completo foi coberto com videos e fotografias divulgados nas redes sociais. O endereço de nossa página no Facebook é facebook.com/ProjetoCunhatadoCaramuru

A ultima etapa foi um mine seminário para avaliação das ações feitas, encerrando as atividades desta primeira edição.

.Acesse nossa página no Facebook para ver o material divulgado e curta.

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